Tuesday, 20 August 2019

Josy, Josefa, Palmira

Foi uma linda menina
Que em tempos difíceis nasceu
Burra disseram que era
Quando tem QI maior que o meu e o seu

De louca lhe chamaram
Dos seus talentos duvidaram
Mas um dia um anjo amigo
Um papel e uma caneta ele lhe deu

E assim como num passe de mágica
Uma grande artista nasceu

Com as palavras fez seu grito
E seus anseios escreveu
Fez prosa e poesia
Seus medos ela venceu

Josy, Josefa, Palmira
Três nomes que vida lhe deu

Saturday, 20 July 2019

A senhora e a carteira

Um dia no trabalho da menina magrelinha um senhora percebeu que havia perdido a carteira.
Depois de procurarem várias vezes e não encontrarem a senhora estava super nervosa e sem saber o que fazer então menina magrelinha se ofereceu para ajudá-la.
Menina magrelinha foi com a senhora até a casa dela, uns 500 metros do lugar que ela trabalha. A senhora chorou algumas vezes no caminho de desespero de não saber o que fazer já que tinha perdido os documentos e o cartão do banco e a carteira querida.
Na casa da senhora menina magrelinha procurou a carteira em todos os lugares, armários, gavetas e até na geladeira  mas não encontraram nada. A senhorinha ficou arrasada.
Menina magrelinha ligou no trabalho para ver se alguém não tinha achado as coisas da senhora e o menino que trabalha com ela contou que acharam a  carteira dela no chão do lugar mas dentro estavam só os documentos. 
Menina magelinha então foi com a senhora ao banco para que ela pudesse cancelar o cartão. 
Deu tudo certo. Ela cancelou o cartão, já saiu com um novo e viu que ninguém havia mexido no seu dinheiro. A senhora estava tão mais calma que até fazia piada com o ladrão que tinha quebrado a cara porque não conseguiu usar o dinheiro dela.

Nos três dias seguintes a senhora ligou pra agradecer a menina magrelinha. Sempre muito emocionada dizia que nunca ninguém havia feito algo tão bom por ela. 
Em uma das ligações ela disse que contou a história pro filho e ele não acreditou que alguém ainda faça essas coisas pelas pessoas. 

Infelizmente hoje poucas pessoas param o que estão fazendo pra ajudar outras pessoas. Precisamos de mais empatia, mais respeito e mais solidariedade com o próximo. 

Friday, 12 July 2019

antidepressivo - 1 mês depois

Faz um mês que menina magrelinha está tomando um ansiolítico/antidepressivo e talvez vc esteja se perguntando "mas porque? nunca nem vi a menina magrelinha reclamando de nada"
Pois é, talvez esse seja um dos problemas.
Menina magrelinha não fala. Ela tem enorme dificuldade em falar dos seus sentimentos, dos seus problemas, de expor as coisas que a incomodam. Mozão que o diga. 
E isso sempre foi assim. 
Ai veio a maternidade. Aquela que menina magrelinha teve que passar por tudo sozinha (leia sem a família toda pra ajudar e resolver as coisas por ela). 
Com a maternindade vieram noites em claro e muito tempo livre pra pensar no escuro. Vieram muitas lembranças que menina magrelinha ainda não sabe se tinha esquecido delas mesmo ou se só as tinha colocado no fundo de um baú e perdido a chave dele por muito tempo porque não queria lembrar mesmo, não queria olhar as coisas de frente. 
Ai teve a volta ao trabalho, a separação do bebê, os medos. A pressão das contas pra pagar, os problemas no trabalho, as dúvidas. O relacionamento conflituoso com a colega de trabalho que fez menina magrelinha acordar vários dias pensando "pqp tenho que ir". 
A maternidade trouxe a tona várias coisas e sentimentos. 
E tiveram as eleições e com elas descobertas não muito felizes sobre o pensamento de algumas pessoas de quem menina magrelinha gosta muito. 
E menina magrelinha foi entrando numa bolha e num ciclo vicioso de crises de ansiedade e dias tristes e angustiosos alternados com dias muito felizes. Menina magrelinha começou a ficar irritada com pequenas coisas e indiferente a coisas muito importante durante esses períodos até que um dia ela resolveu pedir ajuda e lhe prescreveram um remédinho. 
(parenteses pra falar que durante esse tempo todo mozão nunca soltou a mão da magrelinha e aguentou a barra toda com ela <3 p="">
E o remédinho foi/está sendo ótimo. Os dias ruins acabaram e menina magrelinha consegue ver toda a situação com mais clareza. E vem a terapia porque não dá pra viver de remédinho mágico a vida toda e voltar os problemas pro baú né?!

Ai vc vai se/me perguntar "mas tudo isso veio com a maternindade?"
Não, isso sempre esteve ai. Menina magrelinha deveria ter feito terapia desde sempre. Desde criança talvez pra resolver os problemas com o pai ausente (inexistente é uma melhor definição) e tudo que veio junto com isso... o medo de relacionamentos mas mais ainda o medo deles acabarem. A necessidade de agradar sempre as pessoas e com isso uma dificuldade absurda de dizer não, de ter preferências e ser alguém e as pessoas não gostarem desse alguém. Menina magrelinha deveria ter feito terapia na adolescência para aprender a falar dos sentimentos, dos problemas, dos medos, das angustias. Menina magrelinha nunca aprendeu a conversar... na casa da menina magrelinha fala-se demais mas conversa-se pouco (ou nada). Menina magrelinha deveria ter feito terapia quando adulta para aprender a lidar com os problemas das vida, os arrependimentos e todas as outras coisas.

A verdade é que menina magrelinha sempre precisou de ajuda mas nunca soube pedir e aprendeu a disfarçar muito bem. 
Não seja como a menina magrelinha, fale. Grite se for preciso. Peça ajuda, vc não precisa esperar a bomba explodir no seu colo. 

Wednesday, 12 June 2019

Pro Gui - parte 9

9 anos sem comemorar o dia dos namorados e 9 anos de textão no dia dos namorados.
9 anos é ano para caramba. Eu nunca imaginei que ficaria tanto tempo com alguém. Ainda mais alguém tão bacana.
Vc é gentil, inteligente, engraçado, companheiro, honesto e mais um monte de coisas. E chato tbém, mas um chato legal.
E é um super pai! Gael tem mta sorte.
Passamos por tanta coisa. 1 primeiro ano complicado, que sei lá como continuamos.. e cá estamos. Fomos aprendendo, vivendo, amadurecendo.
Passamos por um pós parto. Não foi um mar de rosas mas sobrevivemos, nos entendemos, nos cuidamos.
Tivemos altos e baixos, acho que mais altos mas nunca desistimos de nós. Obrigada por não desistir da gente.
Eu olho pra esses 9 anos e penso "caraca que sorte eu dei".
Obrigada por me fazer ser uma pessoa melhor, querer ser uma pessoa melhor. Por me tirar da minha bolha.
Obrigada por não largar a minha mão nos monentos mais difíceis.
Obrigada por me deixar dividir a vida com vc.
Desejo pra nós mais mtos 9 anos. E que eles sejam leves e nós felizes.
Amo vc um montão.


Wednesday, 11 July 2018

mãe aos 17 e mãe aos 37

Com certeza ser mãe com 20 anos de diferença são duas experiências completamente diferentes.

Quando fui mãe a primeira vez eu tinha 16 anos e não 17 como diz o título desse texto. Por muito tempo e para maioria (a maioria mesmo) das pessoas eu sempre disse que tive meu primeiro filho com 17 e não com 16 anos.
Por que? Porque eu sempre tive vergonha de ter tido um filho com 16 anos, mesmo sem ter motivo nenhum pra isso.
Eu nunca tive vergonha do meu filho mas sim do fato de ter sido mãe muito nova e por algum motivo achei que 17 era uma idade melhor que 16.

Quando eu fiquei grávida pela primeira vez as pessoas na minha família e na minha cidade me julgaram muito. O que eu mais ouvia era "acabou com a vida dela", "coitada, vai fazer o que agora?".
As pessoas me olhavam como se eu tivesse feito uma coisa muito errada, me falavam que eu ia ter que cuidar do bebê  como se fala quando está castingando alguém.
Pra uma menina de 16 anos sem ninguém pra conversar ou dizer que na verdade tava tudo bem isso tudo é bem difícil de lidar.

Meu primeiro filho nasceu e ele era lindo (ainda é) e eu amei ele desde sempre.
E todo mundo adorava ele. E todo mundo sempre me falava o que fazer.
Como dar de mama, quando começar a dar comida, como fazer a comida, do que bebês precisam e do que não precisam, e isso e aquilo e tudo.
Isso foi muito bom, eu não sabia nada.
Mas também foi ruim, eu não via isso na época, porque eu só fui fazendo as coisas como me mandavam, sem opinião.

Um tempo depois, talvez por dó de mim ou por acharem que eu não era capaz, contrataram uma babá pro meu primeiro filho.
Hoje eu me pergunto porque. Não tinha necessidade.
Ah, e eu tive que trabalhar, porque afinal de contas eu tinha um filho e tinha que ter responsabilidades.
Meu filho ficava com uma babá enquanto eu trabalhava.
Hoje eu me questiono - quanto tempo eu perdi com meu primeiro filho :(
Hoje eu penso que naquela época queria ter falado que não precisava da babá, mas eu não falei. Fui fazendo as coisas como me mandavam e não via as consequências disso no futuro.
Eu não sabia o quanto ia sentir falta do tempo que perdi (e nem vivi).

Mas eu não fui sempre vitima. Eu me aproveitei da situação pra ser apenas uma menina de 17/18 anos quando podia. Eu até fui morar em outra cidade quando meu primeiro filho era uma criança e precisava muito de mim.
Só eu sei o quanto me arrependo disso hoje e se pudesse voltar atrás não tinha ficado tanto tempo longe.

E quando meu primeiro filho ia fazer 20 anos eu fiquei grávida de novo.
Mas ai eu tava casada e todo mundo esperava que eu tivesse um bebê. Ninguém me julgou.

20 anos depois eu tive que aprender um monte de coisas sozinha e isso foi bom. Eu pedi ajuda quando precisei.

Hoje eu tento não fazer as mesmas coisas que julgo ter feito errado no passado e tenho medo de errar tentando não cometer os mesmos erros.

Friday, 29 June 2018

Quando me tornei Corinthiana

Poucas pessoas sabem, talvez ninguém mais se lembre, mas antes de ser Corinthiana eu já fui são paulina.

Acho que essa fase durou bem pouco, eu era pequena mas me lembro bem de quando deixei de torcer pra um time e passei a torcer pro outro.

Quando eu tinha uns 6 ou 7 anos (talvez 8 ou 9) eu torcia pro são paulo, ou pelo menos falava que torcia pq um dia meu pai (ou o cara que emprestou o espermatozóide pra minha mãe) já tinha jogado no São Paulo.
Ai eu criança pensava que se eu torcesse pro são paulo ele ia gostar de mim (e era legal falar pras pessoas que meu pai já tinha jogado no são paulo).

Ai um belo dia teve um Corinthians x São Paulo. Acho que era jogo importante as pessoas na minha casa (todas corinthianas) estavam bem nervosas.
Ai esse jogo o Corinthians ganhou. Mas não foi só isso, o Corinthians ganhou jogando com 9 jogadores.

Eu me lembro bem do nervosismo da minha mãe e do meu avô e me lembro perfeitamente da felicidade do meu avô quando o jogo acabou.
E foi ai que eu virei Corinthiana.

Lembro que pensei "caramba que time bom, mesmo com 9 jogadores eles ganharam do São Paulo"

E dai pra frente foi só amor <3

Tuesday, 12 June 2018

Pro Gui

Depois de tanto tempo nem sei mais o que escrever, afinal são 8 anos escrevendo textão no dia dos namorados.

Passamos por tanta coisa já. Momentos não tão faceis, mudança de vida e mudança de vida de novo com o Gael.
E aqui estamos nós, talvez num dos nossos melhores momentos.

Já faz um tempo eu tenho pensado que sorte ter te encontrado. E que sorte a gente ter ficado junto.
As vezes fico olhando vc com o Gael, que puta pai! Meu coração se enche de felicidade.

Nesse tempo todo já quis te matar algumas vezes, cara como vc é chato! Mas também já me apaixonei por vc de novo tantas outras vezes. É um loucura isso, de repente dá um negócio assim no estômago que diz "ele é o cara".

Talvez vc nem saiba mas nesse tempo todo vc me ensinou um montão de coisas, obrigada. Acho que eu sou uma pessoa melhor agora.

Gui, te amo um montão.