Wednesday 11 July 2018

mãe aos 17 e mãe aos 37

Com certeza ser mãe com 20 anos de diferença são duas experiências completamente diferentes.

Quando fui mãe a primeira vez eu tinha 16 anos e não 17 como diz o título desse texto. Por muito tempo e para maioria (a maioria mesmo) das pessoas eu sempre disse que tive meu primeiro filho com 17 e não com 16 anos.
Por que? Porque eu sempre tive vergonha de ter tido um filho com 16 anos, mesmo sem ter motivo nenhum pra isso.
Eu nunca tive vergonha do meu filho mas sim do fato de ter sido mãe muito nova e por algum motivo achei que 17 era uma idade melhor que 16.

Quando eu fiquei grávida pela primeira vez as pessoas na minha família e na minha cidade me julgaram muito. O que eu mais ouvia era "acabou com a vida dela", "coitada, vai fazer o que agora?".
As pessoas me olhavam como se eu tivesse feito uma coisa muito errada, me falavam que eu ia ter que cuidar do bebê  como se fala quando está castingando alguém.
Pra uma menina de 16 anos sem ninguém pra conversar ou dizer que na verdade tava tudo bem isso tudo é bem difícil de lidar.

Meu primeiro filho nasceu e ele era lindo (ainda é) e eu amei ele desde sempre.
E todo mundo adorava ele. E todo mundo sempre me falava o que fazer.
Como dar de mama, quando começar a dar comida, como fazer a comida, do que bebês precisam e do que não precisam, e isso e aquilo e tudo.
Isso foi muito bom, eu não sabia nada.
Mas também foi ruim, eu não via isso na época, porque eu só fui fazendo as coisas como me mandavam, sem opinião.

Um tempo depois, talvez por dó de mim ou por acharem que eu não era capaz, contrataram uma babá pro meu primeiro filho.
Hoje eu me pergunto porque. Não tinha necessidade.
Ah, e eu tive que trabalhar, porque afinal de contas eu tinha um filho e tinha que ter responsabilidades.
Meu filho ficava com uma babá enquanto eu trabalhava.
Hoje eu me questiono - quanto tempo eu perdi com meu primeiro filho :(
Hoje eu penso que naquela época queria ter falado que não precisava da babá, mas eu não falei. Fui fazendo as coisas como me mandavam e não via as consequências disso no futuro.
Eu não sabia o quanto ia sentir falta do tempo que perdi (e nem vivi).

Mas eu não fui sempre vitima. Eu me aproveitei da situação pra ser apenas uma menina de 17/18 anos quando podia. Eu até fui morar em outra cidade quando meu primeiro filho era uma criança e precisava muito de mim.
Só eu sei o quanto me arrependo disso hoje e se pudesse voltar atrás não tinha ficado tanto tempo longe.

E quando meu primeiro filho ia fazer 20 anos eu fiquei grávida de novo.
Mas ai eu tava casada e todo mundo esperava que eu tivesse um bebê. Ninguém me julgou.

20 anos depois eu tive que aprender um monte de coisas sozinha e isso foi bom. Eu pedi ajuda quando precisei.

Hoje eu tento não fazer as mesmas coisas que julgo ter feito errado no passado e tenho medo de errar tentando não cometer os mesmos erros.

Friday 29 June 2018

Quando me tornei Corinthiana

Poucas pessoas sabem, talvez ninguém mais se lembre, mas antes de ser Corinthiana eu já fui são paulina.

Acho que essa fase durou bem pouco, eu era pequena mas me lembro bem de quando deixei de torcer pra um time e passei a torcer pro outro.

Quando eu tinha uns 6 ou 7 anos (talvez 8 ou 9) eu torcia pro são paulo, ou pelo menos falava que torcia pq um dia meu pai (ou o cara que emprestou o espermatozóide pra minha mãe) já tinha jogado no São Paulo.
Ai eu criança pensava que se eu torcesse pro são paulo ele ia gostar de mim (e era legal falar pras pessoas que meu pai já tinha jogado no são paulo).

Ai um belo dia teve um Corinthians x São Paulo. Acho que era jogo importante as pessoas na minha casa (todas corinthianas) estavam bem nervosas.
Ai esse jogo o Corinthians ganhou. Mas não foi só isso, o Corinthians ganhou jogando com 9 jogadores.

Eu me lembro bem do nervosismo da minha mãe e do meu avô e me lembro perfeitamente da felicidade do meu avô quando o jogo acabou.
E foi ai que eu virei Corinthiana.

Lembro que pensei "caramba que time bom, mesmo com 9 jogadores eles ganharam do São Paulo"

E dai pra frente foi só amor <3

Tuesday 12 June 2018

Pro Gui

Depois de tanto tempo nem sei mais o que escrever, afinal são 8 anos escrevendo textão no dia dos namorados.

Passamos por tanta coisa já. Momentos não tão faceis, mudança de vida e mudança de vida de novo com o Gael.
E aqui estamos nós, talvez num dos nossos melhores momentos.

Já faz um tempo eu tenho pensado que sorte ter te encontrado. E que sorte a gente ter ficado junto.
As vezes fico olhando vc com o Gael, que puta pai! Meu coração se enche de felicidade.

Nesse tempo todo já quis te matar algumas vezes, cara como vc é chato! Mas também já me apaixonei por vc de novo tantas outras vezes. É um loucura isso, de repente dá um negócio assim no estômago que diz "ele é o cara".

Talvez vc nem saiba mas nesse tempo todo vc me ensinou um montão de coisas, obrigada. Acho que eu sou uma pessoa melhor agora.

Gui, te amo um montão.