Tuesday 18 September 2007

É um pouco grande mas vale mtooo a pena ler...

O Uso de Drogas
(depoimento emocionado de Luíz Fernando Veríssimo sobre sua esperiência com as drogas)

Tudo começou qd eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de experimenta, depois qd quiser é só parar... e eu fui na dele. Primeiro ele me pfereceu coisa leve, disse q era de "raiz", da terra, q não fazia mal e me deu um inofensivo disco do Chitãozinho e Xororó e em seguida um do Leandro e Leonardo. Achei legal, uma coisa bem brasileira. Mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais frequente, comecei a chamar todo mundo de "amigo" e acabei comprando pela primeira vez.
Lembro q cheguei na loja e pedi: - me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano.
Era o principio de tudo! logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia q era para relaxar; sabe, coisa leve... Banda Eva, Cheiro de Amor, Netinho, etc. com o tempo meu amigo foi oferecendo coisas piores... O Tcham, Companhia do Pagode e mto mais.
Após o uso contínuo, eu já não queria saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, q me fizesse mexer os quadris como eu nunca havia mexido antes. Então, meu amigo me deu oq eu queria, um CD do Harmonia do Samba. Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, razão do meu existir. Pensava só nessa parte do meu corpo, respirava por ela, vivia por ela!
Mas depois de mto tempo de consumo, a droga perde efeito, e vc começa a querer cada vez mais, mais, mais... comecei a frequentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí q começou minha decadência. Fui ao show e ao encontro dos grupos Karametade e Só Pra Contrariar, e até comprei a Caras q tinha o Rodriguinho na capa.
Qd dei por mim, já estava com o cabelo pintado de loiro, minha mão tinha crescido mto em finção do pandeiro. Meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo. Não deu outra entrei para um grupo de pagode. Enquanto vários outros viciados cantavam uma música q não dizia nada, eu e mais outros 12 infelizes dançavamos alguns passinhos ensaiados, sorriamos e faziamos sinais combinados.
lembro-me de um dia qd entrei nas lojas Americanas e pedi a coletânea "As melhores do Molejo". Foi terrível! Eu já não pesnava mais!!! meu senso critico havia sido dissolvido pelas rimas miseráveis e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada.
Mas a fase negra ainda estava por vir. Cheguei ao fundo do poço, ao limiar da condição humana, qd comecei a escutar popozudas, bondes, tigres, Mc Serginho, Lacraias, motinhas e tapinhas.
Comecei a ter delírio e a dizer coisas sem sentido e qd saia a noite para as festas pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários de drogas mais estranhas q queriam me mostrar o caminho da pedras... minha fraqueza era tanta q estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: Ki-Kokolexo.
Hj estou internado em uma clinica. Meus verdadeiros amigos fizeram a única coisa q poderiam ter feito por mim. Meu tratamento esta sendo mto duro, doses cavalares de MPB, Bossa Nova, Rock Progressivo e Blues.
Mas o médico falou q eu talvez tenha de recorrer ao Jazz e até mesmo Mozart, Bettovem e Bach.
Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam a visão para as coisas boas e te oferecem drogas. se vc não reagir vai acabar drogado, alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável, distante. vai perder as referências e definhar mentalmente. Em vez de encher a cabeça com porcaria, pratique esportes e, na duvida, se não puder distinguir oq é droga e oq não, faça o seguinte:
- não ligue a tv no domingo a tarde;
- não entre em carros como adesivo: "FUI...";
se te oferecerem um CD, procure saber se o individuo foi ao programa da Hebe ou ao Domingo Legal do Gugu; mulheres gritando histericamente são outro indicio.
- não compre um CD q tenha mais de 6 pessoas na capa;
- não vá a shows em q os suspeitos façam passos ensaiados;
não compre um CD q tenha vendido mais de um minhão de cópias no Brasil, e ...
- não escute nada em q o autor não consiga uma concordância verbal minima!
Diga não as drogas! eu sei q vc consegue!!!

No comments: